Páginas

quarta-feira, 8 de julho de 2015

roseira

A roseira da casa onde moro
dá-me rosas sem eu as ter pedido,
vermelhas cor de vinho maduro frutado,
de pétalas frondosas, luminescentes.
Apenas a plantei e lhe mato a sede
quando o vento norte seca o ar.
A roseira deste pedaço de planeta,
assustadoramente bela, sorri-me.
Dá-me a verdade também feita de espinhos,
mesmo assim também a quero.
A roseira invade-me de ternura,
apraz-me até na dor, por isso sonho-a, 
e com tímidos sorrisos me desperta.
Nos dias de folga da minha alma,
a minha amiga roseira e suas rosas
fazem comigo viagens estéticas,
obrigam-me a desenhar palavras,
pétalas, rosas, roseiral, amor.

Sem comentários:

Enviar um comentário