quinta-feira, 28 de dezembro de 2023
FELIZ 2024
domingo, 10 de dezembro de 2023
Os direitos humanos
É na terra que a água é rio,
águas passadas e presentes,
claras, calmas e cristalinas,
terríveis, turvas e sibilinas.
É na terra que descobrimos
os pés de barro dos ídolos.
É na terra que assentamos os pés
para além de todas as fés,
como saltimbancos existenciais
sem enquadramentos rituais.
É na terra que o tempo nos devora
enquanto incorporamos, sem demora,
caminhos, veredas, expetativas e clareiras,
nas nossas vidas efémeras e verdadeiras.
É nesta terra que se cumprirão os direitos humanos,
uma terra fraterna, uma terra sem amos.
quarta-feira, 29 de novembro de 2023
Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino.
29 de novembro de 2023
Mais de quinze mil mortos em poucas semanas, metade crianças, na faixa de Gaza, na Palestina. Milhares e milhares de Palestinianos a sobreviverem na fome e a morrerem no meio de um holocausto, de um genocídio aviltante, milimetricamente programado por Israel, apoiado ou consentido principalmente pelos E.U.A. e a U.E.
Há morte, horror, fome e doença por todo o lado, são assassinados jornalistas e trabalhadores humanitários às dezenas. Na comunicação social já não se fala da Palestina, até parece que a guerra em curso é apenas entre o Hamas e Israel. Parece que existe a intenção deliberada de apagar definitivamente o nome "Palestina" na mente das pessoas, tal como o atual primeiro ministro de Israel pretende eliminar o povo palestiniano com a perpetração de um genocídio de "animais humanos" tal como chamou aos palestinianos gente ligada ao poder israelita. Os sucessivos governos de Portugal, também são cúmplices disto tudo. Dizem que pode haver uma solução com dois Estados, Palestina e Israel, mas nunca reconheceram oficialmente o Estado da Palestina, apenas o de Israel.
quarta-feira, 15 de novembro de 2023
CORES DE CAMPO MAIOR
domingo, 29 de outubro de 2023
25 de ABRIL
pela força do povo
a lutar pela liberdade.
Cravos vermelhos
não se fazem velhos,
trazem consigo a verdade.
São o sentido mais puro,
o amor fraternal,
agora e no futuro
num imenso Portugal.
Vida
Continuar a viver e como fazê-lo já é outra história. É preciso crescer, é preciso aprender. Ninguém aprende sozinho, ninguém cresce só.
À parte isso, quase tudo devemos ao pai e à mãe, foi deles a incomensurável coragem de nos trazer ao mundo e de nos incentivar a caminhar na urgência da vida.
Homenagear os nossos pais é seguir-lhes os trilhos e imitá-los ancorados nos mesmos princípios: paz, liberdade, amor.
Assim estará garantida, do que humanamente depender, uma vida boa para todos. Haverá amizade, respeito, trabalho sem alienação, partilha das riquezas sociais, económicas, culturais e muitas e longas vidas saudáveis e felizes.
Nenhuma vida será perfeita, com certeza, mas nenhuma será uma vida perdida.
Dia do abraço
e as voltas que a vida dá,
como borboleta em fuga
vou perdendo escamas
por entre os cardos do campo
numa aflição de querer viver
enfrentando as ondas
de um inóspito mar de vento.
A realidade apanha-me de soslaio,
desequilibrado fico, e só não caio
porque alguém me encontrou
e com um abraço me salvou.
Crianças
correm, saltam, riem,
dançam à chuva,
chapinham desalmadamente
nas poças de água,
tudo têm por natural,
aquém e além do bem e do mal.
Brincam aos médicos e enfermeiros,
aos professores, aos pais e às mães,
aos super-heróis, aos irmãos,
aos agricultores, aos poetas.
Anseiam por crescer
para serem
astronautas, polícias, bombeiros,
pilotos de fórmula um,
maestros da banda filarmónica,
advogados dos desvalidos.
Têm o mundo a seus pés,
são príncipes e princesas,
fadas e gnomos,
espadachins surpreendendo
monstros nas florestas encantadas.
Dançam de roda de mãos dadas,
jogam ao pião, ao berlinde,
ao salta carneiro,
ao mata, às escondidas.
Transportam repetidamente
o balde de água do mar
e lançam-na sem desistir,
na areia da praia.
As crianças são a poesia
em movimento, a seiva das plantas,
o bom vento, a fragrância das flores,
a alma do mundo,
as cores combinadas do arco-íris.
Brincando laboriosamente em todo o lado,
semeiam, numa inocência eficaz,
o futuro, a vida, a liberdade e o amor.
Dia de Portugal
"O Mostrengo" é um dos poemas mais conhecidos da obra "Mensagem" de Fernando Pessoa. Neste poema, "O mostrengo" pode representar uma figura alegórica que simboliza o medo, os desafios e as adversidades enfrentadas pelo povo português ao longo da sua história.
Depois do alerta destes dois génios da literatura portuguesa, Camões e Pessoa, que nunca é demais ler e reler, o que falta fazer para nos realizarmos como Povo numa autêntica comunidade de igualdade, fraternidade e liberdade? O que é necessário para cumprir Portugal?
A arte espanta
quebra, estilhaça, desconstrói,
reconstrói, vivifica.
Pela arte entra-se no mais pregnante
processo de valorização da vida.
Arte e vida podem, por isso,
identificar-se em muitos momentos
da existência de qualquer ser humano.
14 de julho
no ar e um azul tão solto
e inconfundível
que sou dado a sentir,
a partir do verde movimento
dos braços das árvores,
o brilho e a obscuridade,
como ideias que me fustigam.
Assim nasce-me
a vontade de ler palavras
que nunca li
e de ver paisagens
que nunca vi,
só para fruir o jogo de luz e sombras
e atingir o cansaço alegre
das crianças quando decidem
finalizar o jogo do sério.
AMIGO
pão quente, queijo
e doce de mirtilos,
melão com presunto,
vinho branco fresco,
cerejas, pêssegos e melancia;
são víveres que apreciamos.
Procuro uma taça
para guardar
todos esses sabores
com um abraço infinito.
É a taça da amizade,
encontrei-a,
segura-a com cuidado,
meu amigo.
É feita do desequilíbrio
necessário e suficiente
dos ângulos das nossas vidas,
das desventuras partilhadas,
das surpresas conquistadas.
Guarda-a como um tesouro,
tem lá dentro a interseção
das nossas memórias
e o nosso sangue a pulsar
alegria para toda a eternidade.
NATUREZA MORTA
no baloiço do tempo
serão tragadas
numa hora desconhecida
e a fruteira restará vazia.
Não têm sistema nervoso
mas sim casca como pele.
Nasceram, vivem e morrerão,
tal como nós, dentro da película fina
ou cascuda que nos envolve.
Cumpre-se a natureza
enquanto nós, como jovens
a tentar mudar o mundo,
esgrimimos argumentos
como D. Quixote
a enfrentar gigantes.
À parte isso, com ou sem vontade,
só nos temos uns aos outros
para cumprir naturalmente
a humanidade.
LUA CHEIA
olha a Lua,
cresceu e agora está cheia.
Ao vê-la assim,
fico com a consciência
cheia de Lua
e isso apraz-me.
Quando era menino
disseram-me que a Lua
era mentirosa.
Não queria acreditar
porque não via lógica
na Lua como causa
e autora da mentira.
Ainda acho
que a Lua é verdadeira,
por isso identifico-a
com a verdade
e vejo-a a sorrir,
ao contrário
do que me diziam.
E apetece-me proclamar,
Lua como és bela,
leva-me contigo a passear
por esse universo fora
e a juntar o amor
e todos os sorrisos
do mundo para derrotar
de uma vez por todas,
o ódio, a perfídia e a mentira.
AGOSTO
os lagos sofrem todas as suas imagens,
as gaivotas pensam o sacrifício dos peixes,
as feras sonham com as suas presas,
os vulcões esperam pacientemente
pela hora de expelir a lava ardente,
os marinheiros alimentam a expetativa
dos ventos alísios e do seu ímpeto
de leste para oeste
à procura de um mundo novo.
Em agosto toda a fruta tem gosto,
não percamos da vida a esperança,
depois da tempestade há-de vir a bonança.
GATOS
assertivos e determinados,
altivos e fofinhos,
os gatos, joias da criação,
merecem a nossa admiração.
Quando os alcanço ao sol
com o tom da sua calma
usufruo da argúcia
dos seus finos olhares.
Se não são felizes, parecem-no,
por isso gostamos deles,
respeitam-nos sem ressentimentos,
não nos cobram tristezas
e fazem-se respeitar
mais do que alguns humanos,
por isso têm sete vidas
enquanto nós só temos uma.
FOTOGRAFIA
verdadeiras ilusões de óptica,
não são uma cópia
perfeita da realidade
mas permitem-nos entrar
no mundo dos sonhos.
São estes que nos garantem
as surpreendentes viagens
da vida e as emoções,
tanto as fáceis como as difíceis,
que configuram a nossa essência.
FUNDAMENTO
As galáxias e suas miríades de astros,
OUTUBRO
OUTUBRO
terça-feira, 1 de agosto de 2023
LUA CHEIA
Os teus olhos
olha a Lua,
cheia de lua
e isso apraz-me.
quinta-feira, 15 de junho de 2023
Rua da poesia
A poesia liberta
porque desaperta
o nó da garganta
e até própria desgraça espanta.
A poesia dá flores, frutos e pássaros,
é como as nuvens do céu,
gotinhas de água fresca,
como sementes que caem
nas línguas de sede estendidas
inundando a inconsciência dos corpos.
Quando passeamos na rua da poesia
das árvores deitam folheados rebentos,
que crescem e transformam
os gases tóxicos em oxigénio
pela fotossíntese do amor.
quarta-feira, 24 de maio de 2023
Dia do abraço
domingo, 21 de maio de 2023
Vida
A vinda de cada um ao mundo não foi por si decidida, ninguém pediu para nascer, o princípio da existência de cada ser humano deve-se a razões extrínsecas a ele próprio. Continuar a viver e como fazê-lo já é outra história. É preciso crescer, é preciso aprender. Ninguém aprende sozinho, ninguém cresce só. À parte isso, quase tudo devemos ao pai e à mãe, foi deles a incomensurável coragem de nos trazer ao mundo e de nos incentivar a caminhar na urgência da vida. Homenagear os nossos pais é seguir-lhes os trilhos e imitá-los ancorados nos mesmos princípios: paz, liberdade, amor. Assim estará garantida, do que humanamente depender, uma vida boa para todos. Haverá amizade, respeito, trabalho sem alienação, partilha das riquezas sociais, económicas, culturais e muitas e longas vidas saudáveis e felizes.
Nenhuma vida será perfeita, com certeza, mas nenhuma será uma vida perdida.
domingo, 1 de janeiro de 2023
Receita para um bom 2023
Tome-se uma mão cheia
de palavras cristalinas,
uma dúzia de pétalas
de flores várias,
por exemplo, azálea,
crisântemo, camélia;
uma rosa vermelha
nascida no inverno,
um pensamento positivo
cor da esperança,
mãos dadas, abraços
e beijos gratuitos,
bons livros para ler,
boa música para escutar,
amor, amizade, alegria,
trabalho não alienado
devidamente organizado
bem planeado, cultural,
cinema clássico, teatro,
dança, viagens q. b.,
respeito pela natureza,
ausência de avareza,
direito à justiça, ar puro,
combate à guerra e à poluição,
ciência e boa educação.
Sem pressa, ordeiramente,
tempere com liberdade,
misture os ingredientes
com carinho, prove
para confirmar a verdade
e sirva o seu semelhante
pela pauta da igualdade.
©PR