Cai a chuva finalmente,
e a terra sôfrega agradece.
As árvores das nossas ruas,
contentes, algumas ainda nuas,
dançam ligeiras festejando
ao sabor do vento.
Com esta dádiva do céu
as acácias irão florir
e as açucenas
cumprimentar-nos-ão.
Anteras, estigmas,
ovários, estiletes,
sépalas verdes
e pedúnculos florais,
transportarão as fragrâncias,
de mil plantas e flores,
de todas as cores
e formas originais.
Vivam estas águas
que nos afogam as mágoas,
viva a verde esperança,
olhar de criança,
liberdade, amor e confiança.
Soubesse a humanidade
imitar o cuidado da natureza
e seria tão bela a Primavera,
também dos povos, com certeza.
©PR
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