Páginas

quarta-feira, 8 de julho de 2015

máquina ontológica

os olhos falam
na ternura do  silêncio
operários incontrolados
pelejando na fábrica do sentido
do ser  
camadas de viagens partilhadas
de luz, música e cores
romances, poemas e canções 

os corpos são proletários
e constituem assim mesmo
uma pregnante máquina ontológica
que se repara a si própria
caminha na terra dentro do infinito
como raízes que se abraçam e se beijam
sob o piso escorregadio da indústria da vida.

Sem comentários:

Enviar um comentário