na ternura do silêncio
operários incontrolados
pelejando na fábrica do sentido
do ser
camadas de viagens partilhadas
de luz, música e cores
romances, poemas e canções
os corpos são proletários
os corpos são proletários
e constituem assim mesmo
uma pregnante máquina ontológica
que se repara a si própria
caminha na terra dentro do infinito
como raízes que se abraçam e se beijam
sob o piso escorregadio da indústria da vida.
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