A poesia liberta
porque desaperta
o nó da garganta
e até própria desgraça espanta.
A poesia dá flores, frutos e pássaros,
é como as nuvens do céu,
gotinhas de água fresca,
como sementes que caem
nas línguas de sede estendidas
inundando a inconsciência dos corpos.
Quando passeamos na rua da poesia
das árvores deitam folheados rebentos,
que crescem e transformam
os gases tóxicos em oxigénio
pela fotossíntese do amor.