Páginas

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Rua da poesia

A poesia liberta

porque desaperta 

o nó da garganta 

e até própria desgraça espanta.

A poesia dá flores, frutos  e pássaros,

é como as nuvens do céu, 

gotinhas de água fresca,  

como sementes que caem 

nas línguas de sede estendidas 

inundando a inconsciência dos corpos. 

Quando passeamos na rua da poesia 

das árvores deitam folheados rebentos, 

que crescem e transformam  

os gases tóxicos em oxigénio  

pela fotossíntese do amor.