Campo
maior que o pensamento,
do tamanho dos sonhos,
sagrada terra onde mora a tua palavra.
Campo inteiro
de dias transparentes,
como água natural
de nascente pura e fresca.
Nele se levantam vozes
por mor das penas dos seus filhos
e de quem percorreu seus trabalhos e seus trilhos.
Já abalaram muitos
para a cidade grande,
dia a dia, sol a sol, noite a noite,
afugentando correntes e grilhetas
com o suor do rosto
que afoga as mágoas
da pele crestada
pelo vento suão,
pelo calor, pela dor.
Eis o verde vivo,
que me tem cativo,
de amarela flor
girando até o sol se pôr.
Eis ainda a bandeira rubra
que mora na tua voz
que é a voz de todos nós.
Ufano grito do fundo do peito,
retumbando liberdade
como em Abril
de cravos mil.
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