Inconsciente criança,
que ainda cá moras,
a brincar aos índios e cobóis,
a fingir-se de morta
pelo tiro da flecha imaginária,
nos verdes campos
de borboletas brancas,
de carreirinhos e correrias,
de saltos de cavalinho de pau,
exibindo a sua quixotesca espada
de madeira, desafiando o vento
e seus moinhos colossais.
Eram assim, às vezes,
as mágicas tardes de domingo
que povoam ainda hoje
os mais eficazes sonhos
da razão da existência e da natureza,
a quem sou muito grato.
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