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quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

AVÓS


Os egrégios avós, a quem tudo devemos,
inventaram as palavras, legaram-nos o mundo
onde representamos o teatro da vida,
deram-nos o ser, lançaram sementes que frutificaram
nos inóspitos campos.
Inventaram o violino e o oboé de amor,
as notas musicais e o sentimento da alma
que tanta falta nos faz.
Ao pensarmos nos avós estremecemos
como se escutássemos um glissando,
e nos deixássemos embalar por sorrisos de amizade,
de amor e de paixão.
Quanta beleza, numa cornucópia sem fim,
os avós nos ofereceram.
Ousaram ser sonhadores
profissionais do futuro,
por eles caminhamos e aprendemos a voar.
Somos razão e sentimento dos seus propósitos.
Voaremos sem o desvio de Ícaro se honrarmos as suas memórias,
e se apreendermos com os seus erros.
Cuidando deles como eles cuidaram de nós,
nunca estaremos sós.
Respeitemo-los, porque eles merecem,
os nossos egrégios avós!



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