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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Descartes - Deus e o Cogito


O cogito é uma certeza subjetiva expressa na fórmula “penso, logo existo”. No cogito ou substância pensante encontra-se a ideia de Deus que é inata. Tal ideia contém os atributos de Deus: é um ser perfeito, omnisciente, omnipotente, e sumamente bom. A certeza deriva do caráter inato e a priori das ideias contidas no cogito que são uma espécie de sementes da ciência colocadas em nós por um Deus verdadeiro, descobertas por intuição. Deus é, assim, a garantia do mundo e da verdade acerca desse mundo, por intermédio do cogito. A verdade dos enunciados científicos só é possível, para Descartes, devido à relação recíproca existente entre o cogito e Deus. Deus criou o mundo e garante a sua subsistência, ao mesmo tempo colocou no homem a ideia de si próprio, ser perfeito, e todas as outras ideias inatas, como as matemáticas, pelas quais se pode produzir ciência que não é mais que o estudo do mundo decantado pelo pensamento racional.

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