setembro mais um, outubro,
literalmente, como agora tanto se diz,
e faz-me pensar, talvez por estranheza ou espanto,
num animal de oito braços bem fortes
que se mostra da cor do outono quando quer,
espalha tinta em autodefesa,
pinta como um artista,
escreve como um poeta
sem esqueleto e sem forma definida
edificando o seu mundo
de olhos humanos e bico quitinoso,
ostentando uma grande cabeça,
humano demasiado humano,
perguntando, e se neste mês eclodisse
uma revolução que destruísse o pecado,
varresse a culpa e apagasse o ressentimento do mundo?
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