A
ciência é tão especial porque é o conjunto das áreas do conhecimento que se acredita ser mais próximo da verdade. É
ao mesmo tempo a atividade que responde com lógica às perguntas sobre o modo
como o mundo funciona. Responde também à curiosidade inata dos seres humanos e
produz tecnologias com um alto grau de eficácia na resolução de problemas
humanos relacionados com a saúde, com a organização das sociedades, com a
aprendizagem, com os modos de produção, com as comunicações, com o planeta
terra, com os animais, com os seres humanos em particular, com o universo. A
ciência ajuda os seres humanos a viverem mais e a compreenderem-se melhor, de
tal forma que, em determinadas áreas o seu grau de previsibilidade é elevado. A
ciência divide-se em áreas, ciências sociais e humanas, ciências físico-naturais
e lógico-matemáticas. As ciências são tão especiais também porque são interdependentes.
Os cientistas não querem deixar nada de fora do seu objeto de estudo. Para cada
área científica há um objeto de estudo diferente, a realidade pode ser vista,
estudada, analisada de muitas perspetivas, pode ser decomposta em partes
muitíssimo pequenas. Por isso, para cada área científica há um método próprio
baseado num método geral, que de certa forma torna a ciência produtiva,
rigorosa, preditiva. A ciência estuda objetos particulares e por isso ela
pretende ser objetiva e para atingir essa objetividade, o que lhe garante uma
maior proximidade à verdade, faz-se, na
maior parte dos casos, com investigação em equipa, o que lhe confere uma
característica impreterível: a intersubjectividade. Os métodos das ciências em
determinadas áreas levam à formulação de proposições que expressam leis ou
regularidades que são aceites universalmente. Este caráter universal das leis
científicas dá-lhes uma enorme força e por isso também contribui para que haja
por elas um enorme respeito. Ao mesmo tempo os cientistas têm a sensação de que
o seu objeto de estudo é inesgotável, por um lado porque muda o objeto, por
outro porque muda o cientista e todo o arsenal de instrumentos que lhe permite
ver mais fundo, com mais rigor, eficácia e minúcia. Este caráter da ciência que
se sabe tarefa sempre inacabada confere-lhe um grau de humildade que a torna
meritória, confiável e respeitável.
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