há uma direção desconhecida
o inexorável destino, a moira
desconhecemo-lo absolutamente
talvez seja essa consciente ignorância
a fonte do nosso alento
o vento obedece a mil e um desígnios
não nos vamos assustar
seguramos firmemente as nossas mãos nas mãos
se o navio se afundar também nos afundaremos
mergulharemos no abismo infinito
onde nos encontraremos incessantemente
por cada minuto percorrido
os tubarões não nos comerão
a sua barriga já está cheia do lodo
retirado para o navio partir
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