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quarta-feira, 25 de julho de 2018

Intervalos


Somos intervalos entre dois momentos: 

nascimento e morte.
Antes e depois só o tempo infinito.
Verdade? Talvez ilusão.

Quantas atrocidades já se cometeram 

em nome da verdade?

Quantas vidas se ceifaram, 

quantos livros se queimaram,

quantas crianças não chegaram a ser meninos,

quantas florestas arderam,

quantos amores se desencontraram,

quantos paraísos se perderam?
A verdade, mesmo ilusão
não é  como as outras,
pontualmente pode ser  correta.

Mostra-nos o infinito do que há em nós.

Dá-nos no momento preciso e de mão beijada
a consciência da nossa infinita pequenez.


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