O discurso
publicitário e o discurso de propaganda política são formas argumentativas
do quotidiano a que quase todas as pessoas estão sujeitas, principalmente
através dos meios de comunicação social, jornais, rádio, televisão e Internet, nomeadamente redes sociais e a blogosfera. Ambos os tipos de
discurso têm por finalidade convencer ou persuadir o auditório. Tanto o
discurso publicitário como o de propaganda política têm intensidades diferentes
ao longo do tempo. Aquele, apesar de diariamente estar presente em muitos
suportes, está fortemente sujeito a fatores como a época do ano, a eventos
sociais e religiosos e a necessidades particulares de grupos específicos de
pessoas, sejam temporárias ou permanentes. Já o discurso de propaganda
política, apesar de parecer que as campanhas políticas são permanentes, pelo
menos nas comunidades de cultura política democrática, pluripartidária ou não,
é mais intenso quando há eleições ou quando surgem casos mediáticos
despoletados pelos mass media ou
outros agentes, como a guerra na Ucrânia, por exemplo, e que entram no domínio público, de tal modo que são integrados
na opinião pública. Estes dois tipos de discurso evoluíram, principalmente a
partir do último quartel do século XX no sentido de uma crescente convergência.
Muitas das técnicas de propaganda política são hoje semelhantes às da
publicidade, vende-se uma ideia, um projeto político-social e mesmo a justificação de uma guerra, como se vende um
produto ou um serviço. Ambos os discursos pretendem ser sedutores e convencer
ou persuadir pela imagem visual ou acústica, de modo a penetrar consciente ou
inconscientemente nos membros dos auditórios respetivos. Na
publicidade o auditório é específico, mas tendencialmente universal, isto acontece cada vez mais também na
propaganda política.
Ambos os discursos podem ser manipuladores na medida em que fazem promessas veladas e jogam com os sentimentos e emoções do público no sentido de controlar comportamentos, seja a aquisição de bens ou serviços, ou a escolha de um projeto social ou de uma ideologia. O discurso publicitário é sempre composto por mensagens curtas associadas a imagem ou som, com pouca informação objetiva, de modo a captar a atenção facilmente. Já o discurso político pode ter mensagens mais extensas, dado que um candidato a uma eleição ou um representante de uma ideologia, por vezes, discursam para auditórios particulares ou para auditórios mais alargados através dos mass media como a TV, durante um tempo muito mais extenso do que qualquer spot publicitário.
Ambos os discursos podem ser manipuladores na medida em que fazem promessas veladas e jogam com os sentimentos e emoções do público no sentido de controlar comportamentos, seja a aquisição de bens ou serviços, ou a escolha de um projeto social ou de uma ideologia. O discurso publicitário é sempre composto por mensagens curtas associadas a imagem ou som, com pouca informação objetiva, de modo a captar a atenção facilmente. Já o discurso político pode ter mensagens mais extensas, dado que um candidato a uma eleição ou um representante de uma ideologia, por vezes, discursam para auditórios particulares ou para auditórios mais alargados através dos mass media como a TV, durante um tempo muito mais extenso do que qualquer spot publicitário.
O que se passa hoje a propósito das guerras, nomeadamente a guerra na Ucrânia, que inunda os ecrãs televisivos a toda a hora e em todos os canais, é também, na maior parte dos casos, pelo que tenho visto e ouvido, imensa manipulação a uma só voz, aparentemente diversa, mas essencialmente repetitiva, que deixa de fora a possibilidade de os cidadãos terem acesso a diferentes perspetivas de análise dos acontecimentos, sendo levados a "concordar" com a perspetiva dominante dos donos das televisões. Não podemos nem devemos, por isso, acreditar em tudo o que nos querem vender. Há, de facto muitas mais guerras e conflitos que decorreram, não há muito tempo e a decorrer, na Síria, na Líbia, no Iémen, na Palestina, etc.. Contudo as nossas televisões praticamente não os mostram, para nos dizerem que só uma importa, aquela que nos mostram, ocultando tudo o resto.
Quase toda gente se diz contra a guerra e muito bem, mas não basta isso, é preciso ir mais além, estudando história, analisando racionalmente os complexos processos que nos conduziram a tudo isto, a partir do maior número de pontos de vista, sem reduzir as explicações a epifenómenos simplistas e maniqueístas. Não é fácil, mas não é impossível.
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