o que nós quisermos,
havendo juízo, querer é poder.
Que venha aí um ano novo de paz
cheio de cores e alegria,
sem crenças parvas como aquela
de que por decreto
se pode mudar o mundo.
Prefiro acreditar,
por risível que seja,
que dentro dos limites de cada um,
a partir de janeiro
tudo se vai compor,
vai haver florestas encantadas,
perdurará o amor e a justiça;
a fome, a pobreza,
a miséria e a guerra
serão erradicadas,
pois há tanta força e tanta gente
a sonhar e a lutar por isso.
Não vale a pena fazer
uma lista de boas intenções
para colocar na gaveta,
de nada serve fazer juras
de que vamos todos ser bonzinhos
e ajudar o próximo
brincando às caridadezinhas.
É preciso que cada um,
em consciência, descubra
que merece mesmo um ano novo
mais perfeito do que o ano velho
que mais não será
do que uma pessoa nova,
o despertar do melhor dentro de si
até agora adormecido.