Quando alguém trabalha
e produz cem ficando com vinte,
está claramente a ser roubado,
o seu trabalho foi alienado.
Quando alguém se apropria
do que não lhe pertence,
é autor de extorsão
sobre quem tudo dá
e quase nada recebe.
Quando alguém quer trabalhar
e desse direito é privado,
está a ser violentado,
desconsiderado e maltratado.
Quando alguém, por astúcia maldosa
e usurpação de poder, obriga o outro
a fazer o que não quer e o que não deve,
está simplesmente a colonizá-lo.
Quando alguém usa o insulto,
a mentira, a generalização abusiva
e a manipulação,
semeia sofrimento e violência,
leva o mundo à falência.
A ignorância efetiva
assemelha-se nos efeitos à maldade
e ataca a igualdade.
Enquanto ignorantes
do funcionamento do mundo
não sabemos o que é justo,
somo como insetos de barriga para cima,
à mercê de todas as arbitrariedades.
A solidariedade não se encontra
dentro de uma caixinha de surpresas,
cultiva-se na vida, desde muito cedo,
criando laços,
promovendo beijos e abraços,
nasce na pátria da fraternidade
onde cada homem, cada mulher,
cada criança,
em qualquer idade,
respira o ar puro da confiança
e em liberdade, há-de ser o que quiser.
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