Arquimedes, segundo reza a lenda e a história, terá
descoberto a lei da impulsão dos corpos e inventado o parafuso a partir de um
plano triangular enrolado, uma ideia simples. Teria como função primordial
elevar o nível da água com um movimento rotativo. É um objeto singular, não tem princípio nem fim, por isso também é conhecido por parafuso
sem fim.
Foi também Arquimedes que
terá dito, dai-me um ponto de apoio e levantarei o mundo, pensando
possivelmente numa outra máquina simples, a alavanca. Esta é apenas um
instrumento e carece de um ponto de apoio bem firme. Arquimedes sonhava com um mundo de um outro nível e bastante contribuiu para isso: lei da impulsão, alavanca, parafuso.
Com o avanço da história os pontos de
apoio mudam de natureza e de firmeza, tal como mudam as pessoas, assim como
muda a própria mudança. Por isso o dia seguinte não pode ser um problema irresolúvel
porque a vida não é um meio para atingir fins exteriores a si própria, basta-se
a si mesma e pode subir de nível tal como o parafuso de Arquimedes, não tem princípio nem fim e gira incessantemente.