Primeiro tempo,
o passado, memória
e pensamento
dos sonhos e dos sonos,
leves como plumas,
profundos como a Fossa
das Marianas
no Oceano Pacífico.
Segundo tempo,
o presente, é o que sinto,
tão ténue, tão fino e fugidio,
talvez por isso
me comporte como se fosse eterno
(não eu, mas o tempo a que pertenço).
É a inconsciência do nada,
a felicidade inteira como um fruto
fresco, maduro e doce nas tuas mãos,
nas minhas mãos, na tua boca,
nos lábios, na hora dos beijos.
Terceiro tempo,
o futuro, não existe
porque ainda não aconteceu,
é como uma ética, uma
intenção, um projeto, uma semente
a querer desabrochar,
é uma promessa que se há-de cumprir,
um lucro emocional que se desenrolará
ao ritmo dos corações em sincronia.
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