Pode procurar-se a verdade
para se saber onde começa e acaba
o eu e o outro, e assim, determinar,
com a precisão de um nanomundo,
os limites do livre-arbítrio,
fundamento da liberdade.
A verdade pode surgir como
pedra filosofal, altar dos deuses,
oráculo, clareira da floresta,
conversa de amigo
ou cantiga de amor.
Ou até, como no dia de hoje,
numa epifania inusitada,
em que é dado a quem quiser e puder,
o verde de árvores
que dão pássaros que fruem
as sombras e a vida
que nelas se oculta.
Assim, cativos da natureza,
obrigados a sentir os pés
num chão que transmite
a manhã fresca da orvalhada,
ligamo-nos à terra
e a verdade vai-se revelando
passo a passo,
num caminho incessante.
Por isso conseguimos
alimentar as bússolas,
as próprias e as de quem passeia
connosco no nosso coração
e no nosso espírito,
a toda a hora do dia.
Gosto muito, é um espelho da luz que se opõe às sombras de algumas horas ...
ResponderEliminarObrigado. Beijinhos
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