encontrei no ocaso
de uma rua estreita
um diamante em estado bruto
pesado e brilhante, tão verdinho.
fiz-me aprendiz de faroleiro
passo o tempo polindo polindo
puxando o lustro com o pano de seda
que me emprestaste
e vejo cada dia que passa
cada noite que se fecha
no quarto das traseiras
do hotel babilónia
mais uma luzinha faiscando
Bolero de Ravel pela orquestra de Filadélfia
(estou agora a ouvi-lo)
ou pérolas em comum,
Fome de Hamsun.
pulo de corpo inteiro
num polimento sem fim
e vou polindo o diamante que encontrei
projeta chispas na noite.
agradeço infinitamente os teus olhos.
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